A busca por um corpo e seus malefícios
- Mariana Baldani

- 6 de out. de 2020
- 1 min de leitura

Insatisfação corporal é um tema recorrente nos atendimentos. Todas nós temos. Todos nós temos. E bem provável que sempre teremos. A diferença é a intensidade dessa insatisfação e como e quanto ela influencia no viver. Ou seja, as reações (e não reações) frente a ela.
Você já deixou de sair e encontrar pessoas queridas porque estava insatisfeita com seu corpo? Já deixou de aproveitar livremente um dia na praia ou clube por achar que os outros estão olhando - e julgando - seu corpo? Você deixa de usar um tipo de roupa por achar que parte do seu corpo é errado?
Fazer dietas restritivas, se sacrificar na academia, tomar remédio ou laxantes para emagrecer, induzir vômito e outros comportamentos disfuncionais só te maltratam. Você acha que viver assim é felicidade? E você acha mesmo que alcançar o corpo dos seus sonhos é sinônimo de ser feliz?
Acredite, não é.
Ter um corpo nada garante isso. Assim como não um emprego, não garante sua competência, não garante que fulano se apaixonará por você, entre outros ‘não garante’.
A dedicação obsessiva para alcançar um corpo, além de adoecer sua mente – pelos pensamentos constantes em comida, comer e corpo, pode trazer malefícios às saúde física e social.
Seu corpo entra em estresse e seu humor fica daquele jeito, afinal, há liberação de cortisol pela restrição calórica (sugiro os textos dos dias 14 de outubro de 2019, 17 de dezembro de 2019 e 28 de janeiro de 2020). Ademais, deixar de ir no rodízio de pizza que seus amigos te convidaram influencia no seu vínculo social.
Até que ponto vale a pena se sacrificar tanto por um corpo - que talvez nunca será seu?




Comentários