A melhoria da alimentação
- Mariana Baldani

- 6 de out. de 2020
- 2 min de leitura

Quando digo dieta quero dizer qualquer prescrição dietética ou plano alimentar, restritivo ou não. No tratamento alimentar com foco em comportamento alimentar, dieta não se faz necessária (complementação no destaque “dieta”). Mas afinal, o que o nutricionista com a abordagem comportamental pode me ajudar?
1. Melhorar a relação com a comida: sugerimos reflexões para entender como o paciente vê e se comporta frente aos alimentos, a fim de não ter sofrimentos como culpa ou medo antes, durante ou depois de comer.
2. Melhorar a relação com o corpo: descontruir insatisfações criadas e entender a potência e funcionalidade corporal para levar a aceitação e ao cuidado gentil e compassivo.
3. Melhora de patologias: com orientações nutricionais guiamos na melhora do quadro clínico desse paciente.
4. Autoconhecimento: estimulamos a escuta e o respeito ao corpo. Entender o tipo de fome e saciar-se e satisfazer-se costumam ser os principais focos.
5. Controle ao comer: durante o tratamento, é comum identificarmos emoções ou gatilhos que levam o paciente ao excesso alimentar ou a restrição exagerada (vale lembrar que comer pouco com frequência também é restrição) e propomos mudanças para que esses comportamentos disfuncionais não aconteçam mais. Observação: nós, nutricionistas, não aprofundamos nas emoções, os psicólogos sim.
6. Emagrecimento: o foco muita das vezes não é no emagrecimento, mas, durante o processo, ele costuma acontecer pela maneira mais consciente e intuitiva ao comer. E esse emagrecimento não gera sofrimento, não prejudica a saúde e é sustentável (sem efeito sanfona).
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7. Autonomia alimentar: um dos que eu considero o mais importante, ensinar o paciente a se alimentar e ter uma relação saudável com todo e qualquer alimento.
Lendo assim, parece que todo o processo de tratamento é mil maravilhas, sem defeitos e feito do dia pra noite. Mas não se engane: NÃO É!! Muitas das vezes esse caminho mexe em feridas (sentimentos e/ou pensamentos) que estão adormecidas e, cada de grau que você avança não é conquistado em poucos dias. É um caminho que lá na frente você percebe que valeu a pena ter percorrido.




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