Consequências das dietas restritivas
- Mariana Baldani

- 6 de out. de 2020
- 2 min de leitura

Quando se passa por uma restrição calórica radical, uma das primeiras consequências é a hiperfagia, que é o comer além do necessário. Não pela falta de força de vontade e sim por vários mecanismos corporais.
Há um aumento do hormônio cortisol que pode ser (também) devido ao estresse da própria restrição alimentar. Esse aumento estimula a lipogênese, que é a ‘criação’ de ácidos graxos e triglicérides que serão armazenados no fígado e no tecido adiposo, acompanhados dos comportamentos obsessivos por comida. Por isso, o rápido acumulo de gordura (fat overshoot) e o ganho de peso. Ao continuar com o ciclo de dieta temos o efeito sanfona (mais a respeito no post do dia 14 de agosto de 2019).
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As restrições alimentares severas são ameaçaa a sobrevivência, por isso, elas não costumam ser sustentáveis. Entendam: fazer uma dieta restritiva, perder peso (que costuma ser mais de perda de massa muscular), depois voltar a engordar não diz que ela deu certo. Muitas pessoas comentam “ah, eu fiz uma dieta restritiva que tinha dado certo, emagreci x kgs, depois de 6 meses que engordei”. O que isso significa? Que ela não deu certo e que voltar a fazer a dieta restritiva por achar que ela deu certo é uma ilusão. Se essa dieta não se sustentou por mais de 5 anos sem grandes sacrifícios, ela não funciona para você.
Além disso, a restrição alimentar pode ser um gatilho para compulsão alimentar (Dulloo et al, 2012). Como costumo dizer, restrição leva a exagero alimentar. Mas, se essa restrição é severa, pode levar a compulsão.
Busque ajuda profissional que não alimente medos e paranoias relacionadas ao comer, a comida e ao corpo e tenha paciência. O processo de um contexto de alimentação saudável não acontece de um dia pro outro.




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