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Insatisfação corporal

  • Foto do escritor: Mariana Baldani
    Mariana Baldani
  • 7 de out. de 2020
  • 1 min de leitura

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Essa é a discrepância de privilégios em uma pandemia. Enquanto MAIS MILHARES de brasileiros não estão tendo o que comer, outros estão tentando a todo custo emagrecer. Sei e sabemos o quanto as diversas indústrias - como a da dieta, para lucro próprio, estimulam a insatisfação corporal, mas chega a ser patético nutricionistas estimularem isso agora e sem real necessidade de saúde! Repitam comigo: emagrecimento sem necessidade não é saúde!


Ao falarmos de alimentação e nutrição, não há como desprendermos de política. Alimentação é (deveria ser) um direito de todos. Se a acessibilidade aos alimentos chega somente para uma parcela, há incompetência política. Se há o aumento do número de brasileiros passando fome, a incapacidade tem se agravado.


Nessa situação atípica que estamos, o distanciamento se faz muito importante. Como diz o artigo de Rafael, RMR et al. 2020: "frente à impossibilidade de redução de pessoas susceptíveis por meio de estratégias vacinais, a redução da velocidade da curva epidêmica precisa ocorrer por meio de ações de isolamento físico social. Ademais, a construção de políticas públicas que visem a proteção ao trabalhador e a ampliação do investimento no setor saúde são medidas urgentes."


Não dá pra fecharmos os olhos ou só olharmos para nosso umbigo: mais brasileiros estão passando fome e outras necessidades básicas. O auxílio emergencial, uma das poucas políticas públicas criadas nessa pandemia, sofre atrasos e impossibilita há mais de mês que famílias tenham arroz e feijão em suas mesas. Isso é urgente. Não a sua luta pelo emagrecimento que não diz nada de saúde.

 
 
 

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